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O cérebro é incrivelmente dinâmico e está em constante transformação. Um quilo de massa encefálica abriga 86 bilhões de neurônios, que, comunicando-se entre si, estabelecem cem trilhões de conexões.
Nosso cérebro tem a capacidade de armazenar informações equivalentes a onze mil bibliotecas repletas de livros. Agilíssimo, se estamos, por exemplo, em uma conversa, ele consegue, em fração de segundo, pinçar os dados mais relevantes de nossa memória (mesmo que tenham sido armazenados há décadas) e relacioná-los com o momento.
Bom, se o cérebro é capaz de tudo isso, por que não consegue dar conta de nos manter realizados? Por que, às vezes, nos sentimos mal mesmo quando tudo parece ir bem?
Esse mistério se torna ainda mais enigmático quando consideramos que vivemos em uma era de abundância sem precedentes, que teria impressionado quase qualquer rei, rainha, imperador ou faraó da história.
Ainda assim, mesmo que vivamos melhor do que nunca, muitas pessoas parecem estar sofrendo. Raro é o dia em que não há uma reportagem alarmante sobre o aumento de casos de problemas de saúde mental.
A Suécia, por exemplo, é um dos países mais ricos do mundo, mas um em cada oito adultos toma antidepressivos.
Ao adotarmos uma visão evolutiva da vida, podemos redefinir nossos conceitos de sucesso e felicidade para, enfim, alcançar o bem-estar e uma vida repleta de significados.
Primeiro, somos todos sobreviventes, não evoluímos para ter saúde ou felicidade, mas para sobreviver e reproduzir: “Sentir-se bem o tempo todo é um objetivo irreal. Simplesmente não funcionamos dessa maneira”, diz o psiquiatra Anders Hansen.
Para ele, os sentimentos existem para afetar o comportamento, e devem ser passageiros. São gerados quando o cérebro combina o que está ocorrendo dentro de nós com o que acontece ao nosso redor. “O estado interno do corpo desempenha um papel maior em nossos sentimentos do que a maioria pensa”, observa.
Um ponto importante: ansiedade e depressão costumam ser mecanismos de defesa, portanto, naturais. Sua presença não significa necessariamente que há algo errado conosco ou que estamos doentes.
Para Hansen, a falta de sono, o estresse prolongado, o sedentarismo e a exposição excessiva a imagens cheias de filtros nas redes sociais podem enviar sinais para o cérebro que são interpretados como perigo iminente ou inadequação pessoal.
Outro mal dos nossos dias, a solidão tem sido associada a uma série de doenças, mas pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença, diz o psiquiatra. Ter alguns amigos próximos é provavelmente melhor do que ter um grande número de conhecidos.
Por fim, Hans defende, enfático: esqueça a felicidade!
“Pretender ser feliz sempre não é apenas desgastante e irreal, como pode surtir o efeito diametralmente oposto”, argumenta. “O mais importante de tudo é que, se você não se sente bem mentalmente, deve procurar ajuda. Transtorno mental não é menos natural do que uma pneumonia ou uma alergia. Existe ajuda para isso, e você não está sozinho”.
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(com adaptações).
A expressão “Para ele” transmite noção de
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