A história das invasões coloniais no atual território acreano remonta, com maior intensidade, a pelo menos dois séculos de fatos e situações. Leia o excerto a seguir, Ugalde et al. (2021, p. 6-24):
“A esse fornecimento de mercadorias e outros artefatos deu-se o nome de aviamento. O sistema de aviamento funcionou como mecanismo de controle do capital comercial, durante o primeiro e segundo surto da borracha, gerando um processo de troca da borracha produzida pelos seringueiros por outros produtos necessários à permanência nos seringais. Assim, a troca Seringueiros/Seringalistas/Casas Aviadoras e casas Exportadoras. A partir de então, ocorreram milhares de outras ocupações, principalmente por egressos dos sertões nordestinos que fugiam da seca de 1877 e eram agenciados pelos novos seringalistas ou patrões, povoando a região, até então desabitada pelo homem branco e iniciando, assim, a conquista do território acreano”.
Os autores do texto demonstram que o contexto de ocupação e formação do Acre se realizou pelos mercados criados entre seringais, casas de aviamento e exportadoras. Pode-se dizer que o auge desse padrão espacial de ocupação ocorreu